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terça-feira, 31 de maio de 2011

Porque eu devo ser um dizimista?

O dízimo é um tema polêmico. Alguns crentes sinceros questionam sua prática. Outros não estão convencidos de que o Novo Testamento trate dessa matéria com clareza. Há aqueles que preferem dar ocasionalmente uma oferta, buscando com isso substituir a prática do dízimo.
Alguns outros, seja por amor ao dinheiro ou dificuldades financeiras não conseguem entregar as primícias da sua renda para Deus. Há ainda aqueles que se dizem dizimistas, mas não são regulares na devolução. Ainda outros se sentem no direito de administrar o próprio dízimo, entregando-o aonde bem entendem. E finalmente, há aqueles que entregam parte do dízimo como se estivessem entregando-o integralmente. O que a Palavra de Deus tem a nos ensinar sobre esse
tão importante assunto?
Em primeiro lugar, o ensino sobre o dízimo está presente em toda a Escritura. O dízimo está presente antes da Lei, na Lei, nos livros Históricos, nos livros Poéticos, nos livros Proféticos, bem como nos Evangelhos e também nas Cartas gerais. A prática do dízimo fez parte do sacerdócio levítico, do sacerdócio de elquisedeque e também do sacerdócio de Cristo, pois é ele quem recebe os dízimos (Hb 7.8). Nós podemos até discordar da prática do dízimo, mas não podemos negar que seu ensino seja claro em toda a Bíblia.
Em segundo lugar, a retenção do dízimo é um sinal de decadência espiritual. Estude atentamente a Escritura e você verá que sempre que o povo de Deus estava vivendo um tempo de esfriamento espiritual, a primeira coisa que ele deixava de fazer era entregar o dízimo com fidelidade. Por outro lado, sempre que o povo se voltava para Deus em arrependimento, a prática do dízimo era restabelecida. O dízimo era uma espécie de termômetro espiritual do povo de Deus.
Em terceiro lugar, a devolução do dízimo é um ato de obediência a Deus. Os
mandamentos de Deus nos são dados para serem cumpridos. Deus nunca nos dá uma ordem sem nos dar poder para cumpri-la. Há alegria e recompensa na obediência, muito embora, nossa motivação em devolver os dízimos não é alcançar os favores de Deus, mas glorificá-lo. Quando um servo de Deus o honra com as primícias de toda a sua renda, Deus promete encher os seus celeiros e fartar de vinho os seus lagares. Quando um servo de Deus traz todos os dízimos à Casa do Tesouro Deus promete repreender o devorador e abrir as janelas do céu.
Em quarto lugar, a devolução do dízimo é um passo de fé. Antes de Deus ordenar o seu povo a trazer o dízimo, ordenou-o a trazer o coração (Ml 3.6-10). Os fariseus traziam o dízimo, mas não o coração, e Jesus os chamou de hipócritas (Mt 23.23). Quando o coração se volta para Deus, o bolso também se abre. Deus nos mandou fazer prova dele. Nossa confiança precisa estar no provedor mais do que na provisão. O dizimista sabe que noventa por cento com a bênção de Deus vale mais do que cem por cento sob sua maldição.
Em quinto lugar, o dízimo é o recurso de Deus para o sustento da sua obra. O dízimo não é nosso, é de Deus. Ele é santo ao Senhor. O dízimo não é da igreja, é o Senhor Jesus quem o recebe (Hb 7.8). O dízimo é primícia e não sobra.
É dívida e não oferta. É ordem divina e não opção nossa. Reter o dízimo é desamparar a Casa de Deus. Porém, trazer todos os dízimos à Casa do Tesouro é ser cooperador com Deus no sustento da sua obra, na expansão do seu Reino e na proclamação do evangelho até aos confins da terra. Conclamo você a examinar seu coração e a acertar essa área vital da sua vida com Deus.
Não adie mais essa atitude de ser um dizimista fiel e honrar o Senhor com as primícias de toda a sua renda.

Os reinos do mundo e o reino de Cristo

Referência: Daniel 7.1-28
INTRODUÇÃO

1. Este capítulo inicia a segunda parte do livro de Daniel. Nos capítulos 1-6 vimos a parte histórica do livro; agora, nos capítulos 7-12, veremos a parte profética;
2. O livro de Daniel é chamado de “Apocalipse do Velho Testamento”.
3. O capítulo 7 está dividido em duas grandes partes: v. 1-14 retrata o sonho de Daniel; v. 15-28, a interpretação do sonho.
4. Daniel 7 trata do desenrolar da história humana até o fim do mundo. Se olharmos apenas para os Reinos deste mundo somos o povo menos favorecido da terra, mas se olharmos para o trono de Deus, somos o povo mais feliz da terra. Os impérios do mundo surgem, prosperam e desaparecem, mas o Reino de Cristo permanece para sempre.
5. Na convulsão terrível da história, Daniel olha e vê Deus assentado no trono (v. 9-11). Antes da igreja passar pela perseguição do mundo e do Anticristo ela precisa saber que Deus está no trono e que Cristo vai voltar para nos dar o Seu Reino (v. 12-14).
I. OS REINOS DO MUNDO
1. Eles estão debaixo da soberania de Deus – v. 2-3
• Os quatro ventos que agitam o mar vêm do céu. Os quatro ventos falam da universalidade e totalidade do mundo. O mundo todo estará envolvido nos acontecimentos.
• Como o mar é um símbolo dos povos em sua convulsão histórica e o vento um símbolo da intervenção de Deus na terra, podemos afirmar que o levantamento dos Reinos do mundo é um ato da soberania de Deus. Ele levanta reinos e abate reinos. Foi Deus quem trouxe os caldeus. Foi Deus quem entregou Jerusalém nas mãos de Nabucodonosor. Foi Deus quem entregou a Babilônia nas mãos de Dario. É Deus quem dirige a história.
2. Eles vêm da convulsão dos povos, nações e raças – v. 2-3
• O Mar Grande é uma descrição literal do Mar Mediterrâneo e um símbolo dos povos raças e línguas, de onde procedem os reinos que Daniel vai descrever. Os impérios são levantados e derrubados. Da convulsão dos povos surgem os grandes reinos. Eles crescem, fortalecem-se, deterioram-se e caem, mas só o Reino de Deus permanece para sempre, conforme Daniel capítulo 2.
• A descrição dos quatro animais do capítulo 7 é um texto paralelo da descrição da grande imagem levantada por Nabucodonosor no capítulo 2. O capítulo 2 trata do assunto numa perspectiva humana e o capítulo 7 numa perspectiva divina. O capítulo 2 trata a história dos impérios em seu aspecto externo: esplendor; o capítulo 7 trata do aspecto espiritual interno – são como feras selvagens. Como a revelação de Deus é progressiva, o capítulo 7 acrescenta fatos não contemplados no capítulo 2.
• Esses quatro animais sobem do mar de forma sucessiva e não simultânea. Esses animais, representando impérios, são também, diferentes uns dos outros. Todos eles são representados por animais ferozes. Todos serão destruídos. Todos agem no tempo determinado por Deus (v. 12).
3. A descrição dos grandes animais, ou seja, dos quatro impérios – v. 3-7
• Esses quatro animais representam quatro reis, ou seja, quatro impérios (v. 17).
A) O Leão, o Império Babilônico – v. 4
• O leão é o rei dos animais e a água, a rainha das aves. Ambos são um símbolo da grandeza da Babilônia.
• As asas arrancadas falam de Nabucodonosor sendo expulso do trono para viver com os animais (Capítulo 4).
• Quando o texto fala que lhe foi dado mente de homem, isso se refere à sua conversão.
B) O Urso, o Império Medo-Persa – v. 5
• Aqui Daniel fala do Império Medo-Persa. Essas três costelas na boca do urso é um símbolo dos três reinos conquistados: Lídia, Egito e Babilônia.
C) O Leopardo, o Império Grego – v. 6
• O leopardo alado é um símbolo de sua grande velocidade e agilidade de movimentos. Esse animal é um símbolo do Império Grego-Macedônio. Em 334 Alexandre Magno empreendeu sua surpreendente conquista que em um período de dez anos o levou a ser soberano de um vasto império.
• Educado por Aristóteles, Alexandre difundiu a cultura grega entre os povos vencidos. Assim, o grego tornou-se idioma conhecido em todo o mundo antigo e veio a ser a língua que o Novo Testamento foi escrito. Ele fundou a cidade de Alexandria, conhecida mundialmente pela sua famosa biblioteca e pelo Farol na ilha de Faros, uma das sete maravilhas do mundo antigo.
• Com sua súbita morte em 323 na Babilônia, seu Reino foi dividido em quatro cabeças, ou seja quatro divisões do Império. Quatro generais dominaram o Reino de Alexandre: 1) Grécia e Macedônia – Casandro; 2) Egito e Palestina – Ptolomeu; 3) Trácia e grande parte da Ásia Menor – Lisímaco; 4) Síria e grande parte do Médio Oriente – Selêuco.
• Diz o verso 6 que o domínio lhe foi dado. Foi Deus quem levantou Alexandre Magno. Deus dirige a história.
D) O Quarto Animal: Espantoso, Terrível e sobremodo Forte – v. 7
• O que caracteriza o quarto animal é sua força e poder. Sua capacidade de destruir: tinha grandes dentes de ferro; devorava e fazia em pedaços, pisava aos pés o que sobejava. Todas essas características sugerem força e insensibilidade com suas vítimas (v. 23).
• Esse quarto animal tem dez chifres, que são identificados como dez reis (v. 24).
• Esse quarto animal é uma descrição do Império Romano. Em 241 a.C., os romanos derrotaram os cartagineses e ocuparam a ilha de Sicília. Em 218, as legiões romanas fizeram sua entrada na Espanha. Em 202 os romanos conquistaram Cartago. Em 146 tomaram a cidade de Corinto. Em 63 a.C. Pompeu ocupou a Palestina. Em 30 a.C., Marco Antonio incorporou o Egito ao território romano. De modo que antes do nascimento de Cristo os romanos tinham praticamente o controle do mundo conhecido.
• O Império Romano experimentou dois séculos de glória e esplendor. Em 476 d.C., os bárbaros puseram fim ao império romano no Ocidente e em 1453 d.C., os turcos ocuparam a cidade de Constantinopla e o Império Romano no Oriente se desintegrou.
• O império romano é diferente dos três primeiros (v. 23). Os três primeiros foram absorvidos um pelo outro, mas o quarto império será destruído por intervenção divina. A pedra vai torná-la pó. O Reino de Cristo vai encher toda a terra.
II. O REINO DO ANTICRISTO
1. A Pessoa do Anticristo – v. 8
• O Anticristo escatológico será uma Pessoa e não um sistema. Ele tem um número de homem, 666. Ele é descrito por Daniel como o “Pequeno Chifre”. O apóstolo João o chama de o Mentiroso, o Anticristo e a Besta. O apóstolo Paulo o chama de o homem da iniqüidade, o iníquo, o filho da perdição. Jesus o chama de o abominável da desolação.
• Anti = oposto a; em lugar de. O Anticristo não só se oporá ao Senhor Jesus Cristo, mas também terá a intenção e tentará colocar-se em seu lugar.
• Embora o espírito da iniqüidade, ou seja, o espírito do anticristo já opera. Embora muitos anticristos existam. Embora todo aquele que se opõe a Cristo ou queira ocupar o lugar de Cristo é um anticristo, esse pequeno chifre, é uma pessoa escatológica, que vai perseguir brutalmente a igreja antes da segunda vinda de Cristo.
2. A Origem do Anticristo
• O Anticristo é um simulacro da encarnação. Sua origem é satânica. Ele recebe todo o poder, autoridade e o trono de Satanás.
• O Anticristo tem também uma origem mundana. O pequeno chifre surge do quarto animal, entre os outros dez chifres. Ele não será um ser extra-terrestre, um demônio, mas um homem.
• O pequeno chifre é pequeno só no começo (v. 8), mas vai crescendo progressivamente até distinguir-se como mais robusto que os outros chifres (v. 20). Ou seja, o governo do Anticristo será a expressão mais forte de poder na terra, até ser desarraigado por Cristo.
• O que significa esses dez chifres, de onde procede o pequeno chifre, o Anticristo? O número dez na interpretação amilenista é simbólico, como simbólico é todo o texto. Esses dez chifres representam um estágio posterior na história deste império (v. 24). Sucedeu o império romano uma multiplicidade de reinos. Dez é um número completo. O Anticristo surge numa terceira etapa desse reino. Agora o poder se concentra num indivíduo. Ele vai querer ser deus (2 Ts 2:3-4).
• O Anticristo será o último dominador do mundo. Com ele também cessa o domínio e o poder dos outros reinos. Ele será o último líder mundial.
3. A Ação do Anticristo
A) Ódio a Deus
• Sua boca fala insolência (v. 8,20). Proferirá palavras contra o Altíssimo (v. 25). Cuidará em mudar os tempos e a lei (v. 25).
B) Perseguição aos santos
• O Anticristo faz guerra contra os santos e prevalece contra eles (v. 21). Ele vai magoar os santos do Altíssimo (v. 25). Os santos lhe serão entregues nas mãos (v. 25).
C) Desordem anárquica
• O Anticristo vai mudar os tempos e a lei (v. 25). Ele é chamado o homem da iniqüidade, ou seja, o homem sem lei. Ele não vai respeitar leis.
4. A derrota do Anticristo
A) Seu domínio é limitado (v. 25)
• O Anticristo é limitado quanto ao tempo e quanto ao poder. Ele não tem poder. O poder lhe é dado. Ele só pode ir até onde Cristo lhe permite ir. Ele poder tirar a vida dos santos, mas não fazer deles seus seguidores. Seu tempo de ação não é eterno. Um dia Cristo vai dizer: Basta! Então ele será destruído e lançado no lago do fogo.
B) Seu domínio é tirado (v. 12, 25,26)
• O domínio é tirado dos quatro reinos (v. 12). Também o domínio do Anticristo é tirado (v. 26). O Anticristo não pode resistir Àquele que lhe tira o domínio. Ele é um inimigo limitado quanto ao tempo (v. 25) e limitado quanto ao poder (v. 26).
C) Seu domínio é destruído (v. 11,26)
• O Anticristo será destruído pelo fogo (v. 11). Ele será lançado no lago do fogo (Ap 19:20). Ele será aniquilado pela manifestação da vinda de Cristo (2 Ts 2:8).
• O Trono santo, justo e vitorioso de Deus é descrito (v. 8-11). O mesmo Deus que é o deleite dos remidos (v. 10) é o terror dos ímpios (v. 10-11).
• O Tribunal do Céu removerá o Anticristo e todo o seu poder. O mal pode afigurar-se onipotente, mas é uma ilusão. O poder absoluto pertence só a Deus. A culminação da história não será o triunfo do mal, mas o triunfo de Cristo e da sua igreja (v. 27).
III. O REINO DE CRISTO
1. O Reino de Cristo está presente, mas ainda não na sua plenitude – v. 13-14
• Anthony Hoekema fala da tensão entre o JÁ e o AINDA NÃO do Reino de Cristo.
• Deus está no trono (v. 9). Seu trono exerce juízo desde agora, pois seu trono é como um rio de fogo (v. 10). Aquele que está no trono é adorado e servido por milícias celestiais (v. 10).
• Mas, a plenitude do Reino de Cristo se dará na sua segunda vinda (v. 13-14).
2. O Reino de Cristo será universal – v. 14
• Os povos, nações e homens de todas as línguas vão servir a Jesus (v. 14). Diante dele todo joelho vai se prostrar (Fp 2:9-11). Não haverá um centímetro sequer do universo que não vai se dobrar ao governo absoluto de Cristo.
3. O Reino de Cristo será eterno – v. 14
• Todos os reinos do mundo caíram. O Reino de Anticristo também cairá. Mas o Reino de Cristo será eterno, indestrutível, vitorioso. Os grandes impérios ruíram. As grandes potências mundiais vão cair. Todo o sistema do mundo entrará em colapso. Mas, o Reino de Cristo é indestrutível.
4. O Reino de Cristo vai prevalecer sobre todos os Reinos do mundo – v. 26-27
• Cristo é o grande juiz que vai assentar no trono. Seu tribunal é grande trono branco. Na sua segunda vinda Cristo vai tirar o domínio do Anticristo e vai destruí-lo. Todos os reinos do mundo serão do Senhor e do seu Cristo. Ele vai colocar todos os seus inimigos debaixo dos seus pés.
• O Reino de Cristo é conquistador, vitorioso, irresistível. O Reino de Cristo é a pedra lavrada não por mãos que toca na estátua, símbolo dos reinos do mundo, e a transforma em pó. O Reino de Cristo vai encher toda a terra (Daniel 2).
5. O Reino de Cristo será partilhado com os santos – v. 18,22,27
• A igreja não apenas estará no céu, mas também em tronos. Ela não apenas servirá ao Rei, mas também será co-regente com o Rei. Não apenas seremos glorificados, mas também exaltados.
• A igreja vai receber o reino eternamente. Quanto Cristo voltar a igreja estará para sempre com ele, em uma festa que nunca vai terminar (v. 18).
• A mesma igreja mártir, será a igreja honrada (v. 22).
• O Reino de Cristo dado à igreja é um reino universal (v. 27).
IV. IMPLICAÇÕES PRÁTICAS
1. As profundas implicações dessa batalha espiritual devem provocar em nós grande impacto – v. 15,28
• Daniel ficou alarmado e perturbado diante dos dramas da história que haveriam de se desenrolar (v. 15). O seu rosto se empalideceu (v. 28). Daniel ficou perplexo ao ver essa invasão do mal na história e a devastação que ele opera. Não deveríamos nós também nos alarmar? Estamos anestesiados ao ponto de perdermos a sensibilidade?
• Não deveríamos ter a mesma sensação de Daniel? Mesmo que o mal já esteja derrotado e que seus agentes já estejam com a sua condenação lavrada, não deveríamos nós, à semelhança de Daniel, ficarmos também alarmados?
2. A presença das forças do mal na história deve nos levar à oração, jejum e vigilância
• As forças derrotadas do mal ainda não foram destruídas. Elas têm um grande potencial de provocar devastação e tragédia. Precisamos enfrentar essas forças do mal em oração, jejum e vigilância. Apocalipse 12 nos diz que o dragão foi expulso do céu, mas ele desceu à terra com grande cólera. A terra está passando grandes aflições. Nosso inimigo está encolerizado. Ele agirá terrivelmente até o dia em que for lançado no lago do fogo. O mal que deprimia a Daniel permanece até hoje.
3. Precisamos olhar para as grandes tensões na história na perspectiva de que Deus está no trono e Jesus vai voltar vitoriosamente – v. 9-14
• Não importa o que está pela frente, Deus está no trono. Seu trono é um rio de fogo. Os inimigos que oprimem a igreja serão julgados e condenados. O noivo da igreja vai voltar e nos dar o seu Reino eterno e glorioso.

Pais e filhos vivendo segundo a direção de Deus

Referência: Efésios 6.1-4

INTRODUÇÃO

• Contexto histórico – Quando Paulo escreveu esta carta aos efésios, estava em vigência no Império Romano o regime do pater postestas. O pai tinha o direito absoluto sobre o filho: podia casá-lo, divorciá-lo, escravizá-lo, vendê-lo, rejeitá-lo, prendê-lo, e até matá-lo.
• A revolução hippie – Hoje estamos vivendo o outro extremo. Na década de 60 irrompe com os hippies uma explosão de revolta a toda instituição e autoridade. A autoridade dos pais também foi afetada. A família está acéfala.
• Considerando o assunto – Se o nosso cristianismo não é capaz de mudar o nosso relacionamento com a nossa família, ele está falido. É impossível ser um jovem fiel, abençoado, cheio do Espírito sem obedecer os pais. Ilustração: Mahatma Gandi: “Você é do tipo que me entoa canções, mas não obedece os meus ensinamentos”.
I.O DEVER DOS FILHOS COM OS PAIS – V. 1-3
• O apóstolo menciona três motivos que devem levar o filho a ser obediente aos pais.
1. A natureza – v. 1 – “Filhos obedecei a vossos pais… pois isto é justo”
• Obediência dos filhos aos pais é uma lei da própria natureza, é o comportamento padrão de toda a sociedade. Os maralistas pagãos, os filósofos estóicos, a cultura oriental (chineses, japoneses e coreanos), as grandes religiões como Confucionismo, Budismo e Islamismo defendem essa bandeira.
• A desobediência aos pais é um sinal de decadência moral da sociedade e um sinal do fim dos tempos – Rm 1:28-30; 2 Tm 3:1-3.
2. A lei – v. 2-3 (Ex 20:12; Dt 5:16)
• Honrar é mais do que obedecer – Os filhos devem prestar não apenas obediência, como também amor, respeito e cuidado pelos pais. É possível obedecer sem honrar. Ilustração: o irmão mais velho do filho pródigo. Filhos que não cuidam dos pais na velhice. Filhos que trazem flores para os pais depois que morrem.
• Honrar pai e mãe é honrar a Deus – Lv 19:1-3 – A desonra aos pais era um pecado punido de morte (Lv 20:9; Dt 21:18-21). Resistir a autoridade dos pais é insurgir-se contra a autoridade do próprio Deus. Ilustração: O seminarista Milton Ribeiro – queria ir para o seminário. Seu pai não deixou. Orou. Deus mudou o coração do pai. Ver ainda Gn 37:13.
• Honrar pai e mãe traz benefícios – Ef 6:2-3 –
a) Prosperidade – No Velho Testamento as bênçãos eram terrenas, temporais, como a posse da terra. No Novo Testamento nós somos abençoados com toda sorte de bênçãos espirituais em Cristo.
b) Longevidade – Um filho obediente livra-se de grandes desgostos. Vejamos por exemplo algumas coisas importantes: 1) Ouvir os pais – Quantos desastres, casamentos, perdas, lágrimas e mortes não teriam acontecido se os filhos escutassem os pais. Exemplo: Sansão; 2) Ter cuidado com as seduções – (Pv 1:10) – drogas, sexo, namoro, abandono da igreja e amigos;
3. O Evangelho – v. 1 – “Filhos, obedecei a vossos pais no Senhor”.
• Cl 3:20 fala que os filhos devem obedecer aos pais em tudo. Mas Ef 6:1 equilibra dizendo que devem obedecer no Senhor.O que Paulo está ensinando? Os filhos devem obedecer aos pais porque eles são servos de Cristo. Eles devem aos pais por causa do relacionamento que eles têm com Cristo.
• Em Cristo a família é resgatada à plenitude do seu propósito original. Nossos relacionamentos familiares são restaurados porque estamos no Senhor. Porque estamos em Cristo, nossos relacionamentos são purificados do egocentrismo ruinoso. Os filhos aprendem a obedecer os pais porque isto é agradável ao Senhor (Cl 3:20).
II. O DEVER OS PAIS COM OS FILHOS – V. 4
• Paulo exorta os pais não a exercer a sua autoridade, mas a contê-la. Mediante o pátria potestas o pai podia não só castigar os filhos, mas também vender, escravizar, abandonar e até matar seus filhos. Sobretudo, os fracos, doentes e aleijados tinham pouca chance de sobreviver.
• Paulo ensina, entretanto, que o pai cristão, deve imitar outro modelo. A paternidade é derivada de Deus (3:14-15; 4:6). Os pais humanos devem cuidar dos filhos como Deus Pai cuida da família dele.
1. Uma exortação negativa – v. 4 – “E vós, pais, não provoqueis vossos filhos à ira”.
- A personalidade da criança é delicada e os pais podem abusar de sua autoridade, usando ironia e ridicularização.
- O excesso ou ausência de autoridade provoca ira nos filhos – Ef 6:4
- O excesso ou ausência de autoridade leva os filhos ao desânimo – Cl 3:20.
- Cada criança é uma pessoa peculiar e que precisa ser respeitada nas suas individualidades.
- Os pais podem provocar a ira dos filhos quando:
a) Por excesso de proteção – exemplo da águia.
b) Por favoritismo – Isaque, Jacó
c) Por desestímulo – não consegue agradar os pais
d) Por não reconhecer a diferença dos filhos
e) Por falta de diálogo – Davi e Absalão
f) Por meio de palavras ásperas ou agressão física
g) Por falta de consistência na vida e na disciplina – Pais como espelho.
2. Exortações Positivas – v. 4
2.1. Os pais devem cuidar da vida física e emocional dos filhos – A palavra CRIAR “ektrepho” significa nutrir, alimentar. É a mesma palavra que aparece em (5:29). Calvino traduziu essa expressão como: “Sejam acalentados com afeição”. Hendriksen: “Tratai deles com brandura”. As crianças precisam de segurança, limites, amor e encorajamento. Os filhos precisam não apenas de roupas, remédios, teto, educação, mas também de afeto, amor, encorajamento.
2.2. Os pais precisam treinar os filhos através da disciplina – A palavra DISCIPLIA “paidéia” = treinamento por disciplina. Disciplina por meio de regras e normas, recompensas e se for necessário castigo (Pv 13:24; 22:15; 23:13-14; 19:15). Só pode disciplinar (fazer discípulo) quem tem domínio próprio. Que direito tem um pai de disciplinar o filho se ele mesmo está precisando ser disciplinado.
2.3. Os pais precisam encorajar os filhos através da palavra – A palavra ADMOESTAÇÃO “nouthesia” = educação verbal. Educar por meio da palavra falada. É advertir e estimular.
2.4. Os pais são responsáveis pela educação cristã dos filhos – A expressão “no Senhor” revela que os responsáveis pela educação cristã dos filhos não é a escola nem a igreja, mas os próprios pais. Por detrás dos pais está o Senhor. Ele é o Mestre e o administrador da disciplina. A preocupação básica dos pais não é apenas que seus filhos se lhes submetam, mas que cheguem a conhecer o Senhor e a obedecer-lhe Dt 6:4-8.

A Graça de Deus

Tito 2:11-14

A graça de Deus é a Sua disposição favorável aos homens. Importa o Seu propósito em fazer bem, não somente a quem [aparentemente] merece, mas a todo o que queira o bem que Ele oferece.

A mensagem: Que é de toda a importância o ouvinte reconhecer o que a graça de Deus pode significar para si.

1 – A GRAÇA DE DEUS MANIFESTADA

A graça e a verdade vieram por Jesus Cristo. Durante 4.000 anos o mundo existia sem ser revelada toda a bondade que havia no coração de Deus. A Sua santidade, a Sua justiça, o Seu propósito de galardoar os bons, tudo foi revelado — mas a Sua graça, que oferece perdão ao culpado, não era ainda conhecida plenamente.
Se a graça divina nunca fora revelada, o pecador teria ficado para sempre sem perdão e sem esperança. O mundo nunca teria ouvido um Evangelho, nem teria Deus recebido a adoração dos gratos remidos.
Onde não há pecado não precisa haver graça. Nem há graça para os anjos caídos, mas somente para os homens convictos e arrependidos.
A graça de Deus foi manifestada em Cristo. Em toda a Sua vida, tão cheia de obras de misericórdia, revelou-se a graça de Deus. Porém ainda mais se manifestou na Sua morte como Redentor.

2 – A GRAÇA DE DEUS TRAZ SALVAÇÃO

Não a uma nação predileta, mas ao mundo inteiro se oferece a sua bênção.
Esta relação do amor e da compaixão de Deus produz seu efeito — salva do pecado a pessoa que a recebe na sua alma.
Não pode deixar de ter uma influência na vida individual; na medida que a sua suficiência se torna conhecida. Um filho mau, quando permite que a bondade de seus pais lhe penetre no coração, não é mais perverso. Um anarquista, quando a benevolência e graça do seu soberano têm poder sobre ele, abandona as suas práticas ilícitas.
Ao ouvinte convém desde já verificar em que medida a sua própria vida tem passado sob a influência da graça de Deus. Tem-se verificado um poder salvador nela?

3 – A GRAÇA DE DEUS NOS ENSINA

Somos impressionados pelo estudo do livro da graça divina. Vemos como Deus tem procedido para conosco, apesar de toda a nossa culpa, e sentimo-nos comovidos, e desejosos de renunciar todos os costumes mundanos, vivendo neste presente século sóbria, justa e piamente.

4 – A GRAÇA DE DEUS NOS TRAZ ESPERANÇA

Ela não somente nos salva e nos ensina, mas nos dá uma esperança gloriosa da Vinda do Salvador.
Nós não merecemos tal salvação, ou ensino, ou esperança; mas reconhecemos que tudo vem de Deus e com a Sua bênção.

Os atributos de um amigo verdadeiro

O Dr. John Mackay, presidente do Seminário de Princeton, em seu livro “O sentido da vida”, disse que não há relação mais espiritual e sublime que a amizade. A relação de amigos é mais elevada que a de irmãos, noivos ou esposos, pois há muitos irmãos, noivos e esposos que não são amigos. Vamos analisar três aspectos acerca do grande valor da amizade. Como podemos conhecer um amigo verdadeiro?

1. Um amigo é alguém que está do nosso lado ainda quando todos nos abandonam

A Bíblia diz: “Em todo tempo ama o amigo, e na angústia se faz o irmão” (Pv 17.17). Um amigo é o primeiro a entrar, depois de todos terem abandonado a casa. Ele se aproxima não para tirar-lhe algo, mas para oferecer-lhe tudo, sua amizade. Há duas caricaturas de amizade, que não passam de uma falsa amizade. A primeira é a amizade tabernária. Nenhum liame existe entre os amigos “tabernários” além do desejo comum de matar o tempo, de tomar uns copos, de contar pilhérias um tanto escabrosas, de maldizer o próximo e fazer farra. Esses amigos dispersam-se na hora da angústia, como os amigos do Filho Pródigo fugiram, deixando-o faminto e necessitado. A segunda amizade falsa é a amizade utilitária. É a daqueles para quem todo “amigo” é uma conveniência, um meio atual ou potencial de facilitar-lhes os interesses. Essa amizade é uma espécie de pesca de favores, honras, posições e lucros. Essa espécie de amizade constitui-se numa ameaça para a moralidade pública. Distribuem-se os cargos não pelos méritos pessoais dos candidatos, mas pelo número de “amigos” que possuem. Mas, se há “amizade” falsa, existe também a amizade verdadeira. O amigo verdadeiro ama em todo tempo. O vendaval só conseguirá que os verdadeiros amigos deitem raízes mais profundas, entrelançando-se-lhes as radículas no solo do amor eterno.

2. Um amigo é alguém que não precisa usar máscaras para desfrutar de intimidade

A Bíblia diz: “… há amigo mais chegado do que um irmão” (Pv 18.24). Um amigo verdadeiro não precisa de formalidades e convencionalidades para se aproximar de nós. Ele nos conhece e nos ama não apenas por causa das nossas virtudes, mas também apesar dos nossos defeitos. O verdadeiro amigo é aquele que está perto nas horas de celebração e também nos tempos de choro. Ele é capaz de chorar conosco na dor e cantar conosco nos dias de festa. A verdadeira amizade derruba paredes e constrói corredores; nivela os vales e constrói pontes. A Bíblia destaca a amizade de Davi e Jônatas. Essa amizade foi santa, íntegra e fiel. Esses dois jovens buscavam o bem um do outro. Eles protegiam um ao outro. Um amigo verdadeiro não se nutre de suspeitas nem dá ouvidos à intriga. Não há amizade sem lealdade. A intriga é o verdugo da amizade. A amizade é edificada sobre o fundamento da verdade e cresce com o cultivo da intimidade.

3. Um amigo é alguém que prefere o desconforto do confronto à comodidade da omissão

A Bíblia diz: “Como o ferro com o ferro se afia, assim o homem ao seu amigo” (Pv 27.17). Uma amizade verdadeira não é construída sobre a cumplicidade no erro, mas sobre o confronto da verdade. As feridas feitas pelo amigo são melhores do que as lisonjas do bajulador. Uma amizade leal não se acovarda na hora do confronto. Há circunstâncias em que a maior prova de amizade está em aceitar o risco de perdê-la, em nome da própria amizade. A Bíblia nos ensina a falar a verdade em amor. A Bíblia nos orienta a servir de suporte uns para os outros. A Bíblia nos manda corrigir aos que são surpreendidos na prática de alguma falta, e isso, com espírito de brandura. Não existe amizade indolor. Não existe amizade omissa. Um amigo é alguém que tem liberdade, direito e responsabilidade de exortar, corrigir e orientar seu confrade quando vislumbra a chegada de um perigo ameaçador. Nesse mundo timbrado pela solidão e pelo isolamento, onde florescem as “amizades virtuais”, precisamos cultivar amizades verdadeiras, amizades que glorificam a Deus, edificam a igreja e abençoam a família!

Queres ser curado?

Jesus estava em Jerusalém. Era a Festa dos Tabernáculos. O povo fervilhava nas ruas e por todos os lados se ouvia canções de alegria. Esta era uma das festas mais alegres do calendário judaico. Durante uma semana o povo vivia em cabanas na cidade de Davi. Jesus não fica de fora dessa importante celebração. Porém, ao chegar à cidade em vez de deter-se nos corredores da alegria, Jesus dirigiu-se ao tanque de Betesta, a Casa de Misericórdia, onde havia uma multidão de enfermos (Jo 5.1-18). Ali havia gente sofrendo, chorando, com a esperança morta. Jesus caminha por entre os cinco pavilhões daquele hospital público. No meio daquela multidão de enfermos havia coxos, cegos e paralíticos. Uma vaga possibilidade de cura, por intermédio de uma visitação angelical, mantinha aceso um fiapo de esperança no coração daquela gente sofrida. Jesus distingue no meio dos doentes um paralítico, que estava ali há trinta e oito anos. Esse homem era a maquete do desespero, o retrato da desesperança, a síntese do sofrimento de uma multidão enferma. Jesus perguntalhe: “Queres ser curado”? O homem responde com uma desculpa. Jesus, então lhe ordena a levantar-se, tomar o seu leito e andar. Aqui aprendemos três importantes lições:

1. Uma pergunta maravilhosa (Jo 5.6) – “Queres ser curado?” Nós temos doenças físicas, emocionais e espirituais. Precisamos de cura. É claro que todo doente quer ser curado. Mas, então, por que Jesus pergunta? É que podemos nos acostumar com a doença. Podemos também perder a esperança de sermos curados. Podemos como aquele paralítico, ser tomados por um profundo senso de abandono, dizendo que ninguém se importa conosco. Aquele que nos criou e nos formou de forma assombrosamente maravilhosa no ventre da nossa mãe, e tem todo poder, e toda autoridade no céu e na terra é quem pergunta a você: “Queres ser curado”? Ele tem não apenas o diagnóstico da sua doença, mas também a autoridade para curar você.
2. Uma ordem gloriosa (Jo 5.8) – “Levanta-te, toma o teu leito e anda”. Aquele homem estava preso numa cama há trinta e oito anos. Todos os dias ele nutria a esperança de ser jogado no tanque para ser curado. Todos os dias ele alimentava na alma o desejo de andar. Mas, sua doença era maior do que seu desejo. Estava dominado por um problema maior do que suas forças. Jesus, então, aparece e lhe dá uma ordem clara, incisiva e poderosa. O mesmo que dá a ordem, dá também o poder para cumprir a ordem. O mesmo que manda levantar é aquele que restaura a saúde. O universo inteiro ouve e obedece a ordem de Jesus. Ele manda e o mar se acalma. Ele ordena e o vento sossega. Ele dá uma ordem e o morto sai da sepultura. Ele manda um homem com a mão direita mirrada estendê-la e a mão do homem estica-se cheia de vigor. Ele dá uma ordem ao paralítico, e ele se levanta, e anda depois de trinta e oito anos de paralisia. Jesus é o mesmo ontem, hoje e eternamente. Ele também nos manda levantar e nos pôr de pé.

3. Um resultado milagroso (Jo 5.9) – “Imediatamente, o homem se viu curado e, tomando o leito, pôsse a andar”. Sob a ordem de Jesus, o paralítico se levantou. A cura foi imediata, completa e cabal. Não foi um sugestionamento mental. Jesus não usou nenhum artifício místico nem lhe fez promessas enganosas. O milagre que Jesus opera é notório, verificável e público. Aquele homem cujos músculos estavam atrofiados, cujas articulações estavam definhadas, cujo corpo estava emaciado de ficar prostrado numa maca há mais de três décadas, coloca-se de pé e começa a andar. A cura entra em seu corpo. A vitalidade transborda de sua alma. Um milagre estupendo acabava de acontecer em sua vida. Jesus ainda visita a nossa Casa de Misericórdia. Ele ainda nos vê em nosso sofrimento. Ele, de igual forma, pode nos trazer consolo, esperança e cura.

Quando nos sentimos encurralados

O livro de Atos mostra a saga da Igreja de Cristo caminhando no poder do Espírito Santo, rompendo barreiras, avançando contra as portas do inferno e sendo instrumento de Deus para a proclamação das boas novas da salvação. No capítulo 12 de Atos, encontramos Herodes passando ao fio da espada o apóstolo Tiago e encerrando na prisão o apóstolo Pedro. A cidade de Jerusalém estava agitada. A oposição à igreja cristã crescia vertiginosamente. Pedro foi entregue a uma escolta de dezesseis soldados e sua morte parecia inevitável. Nesse momento, a igreja não apelou para os expedientes humanos, mas reuniu-se para clamar ao Senhor. Warren Wiersbe, comentando este texto, destaca três verdades sublimes:

1. Deus vê nossas tribulações (At 12.1-4)

Deus está no controle da situação mesmo quando nós perdemos esse controle. Tiago estava morto, Pedro estava preso e a igreja estava acuada. Herodes parecia um inimigo irresistível. A situação ameaçava irremediavelmente a igreja. O inimigo parecia estar no controle da situação para neutralizar e até mesmo destruir a igreja em seu nascedouro. Mas, como o próprio Pedro escreveu mais tarde: “Os olhos do Senhor repousam sobre os justos” (1Pe 3.12) e no tempo certo, da maneira certa, o braço do Onipotente prevalece sobre a fúria do inimigo, libertando o seu povo. Deus ainda vê nossas tribulações. Ele vê nossos vales sombrios, nossas noites escuras, nossas lágrimas grossas, nosso choro doído, nossos temores profundos. Ele é o Deus presente, que jamais desampara aqueles que nele esperam.

2. Deus ouve nossas orações (At 12.5-17)

A situação parecia insustentável. Pedro seria levado depois da festa da Páscoa à morte. Mas havia oração da igreja em seu favor. Quando a igreja ora, os céus se movem. Quando a igreja ora, as estratégias do inimigo são desbaratadas. Quando a igreja ora as portas da prisão são abertas e os servos de Deus são libertos. Pedro está preso, mas está confiante. Ele dorme (At 12.5,6). A prisão é de segurança máxima. Pedro está preso com cadeias nas mãos. Doze homens fortemente armados garantem que não haverá fuga. Nenhum poder ordinário poderia reverter a situação. Então, Deus usa um meio extraordinário. Envia um anjo à prisão e este acorda Pedro, quebra suas cadeias e tira-o do cárcere. O portão de ferro, trancado com grossas correntes, é aberto automaticamente e Pedro se vê livre das mãos do inimigo, “porque os ouvidos de Deus estão abertos às súplicas do seu povo” (1Pe 3.12). Ninguém detém os passos de uma igreja que ora. Nenhum poder na terra pode prevalecer sobre uma igreja que experimenta o poder deDeus através da oração.

3. Deus lida com os nossos inimigos (At 12.18-25)

Pedro conclui: “Mas o rosto do Senhor está contra aqueles que praticam males” (1Pe 3.12). Os guardas romanos encarregados de Pedro foram mortos em seu lugar, por ordem de Herodes. “O justo é libertado da angústia, e o perverso a recebe em seu lugar” (Pv 11.8). Herodes estava no auge de sua força e poder. O povo o aplaudia e gritava publicamente, considerando-o um deus. Por não ter dado glória a Deus, foi fulminado pelo Eterno e comido por vermes, expirou. Em vez de Pedro ser morto pelo rei Herodes, o rei é que foi morto pelo Deus de Pedro. Talvez o mesmo anjo que livrou Pedro da prisão tenha ferido mortalmente Herodes. Deus ainda vê as tribulações do seu povo, ouve suas orações e lida com seus inimigos. Quando nos sentirmos encurralados por temores avassaladores, circunstâncias adversas e inimigos implacáveis é hora de confiarmos que Deus está no controle e nos conduzirá em triunfo!

Evangelho,o poder de Deus para salvação

Evangelho, o poder de Deus para salvação

Romanos 1:16

16 – Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego;

A Mensagem: Que há poder em Cristo para salvar ao ouvinte de todos os seus pecados.

Introdução

Poder é uma coisa conhecida e apreciada entre os homens. Pelo poder que tem no seu corpo e na alma o homem se guarda dos males materiais e morais que o ameaçam.
Nem sempre tem em si o poder suficiente para se guardar de todos os males, mas, às vezes, pode contar com a proteção dos seus semelhantes. Nós, todos, precisamos de algum poder fora de nós mesmos para nos guardar do pecado, e esse poder encontraremos somente em Deus.
O pecado é um poder para o mal que ameaça a vida espiritual de cada um, e se não acharmos outro poder maior para o vencer, seremos derrotados.
O Evangelho de Cristo é o poder que precisamos, mas, porventura, sentimos a nossa necessidade?
a) Pode ser que, acusados por uma consciência atribulada, tenhamos experimentado diversas maneiras de nos corrigir: boas resoluções, esforços, promessas, etc. Porventura elas têm dado o resultado desejado?
b) Porventura cada um quer provar o poder de Cristo em santificar a sua vida?
c) Temos alguma experiência própria da verdade que «Cristo salva»? Se não, qual é o empecilho? Ele não quer? Ele não pode? Ou será que não temos realmente contado com Ele?
1 – QUE É O EVANGELHO DE CRISTO?
a) Não é uma «nova lei»; não é qualquer coisa que nós tenhamos que fazer; não é qualquer coisa que os homens tenham inventado.
b) E o Evangelho de Cristo, falando-nos dele como Mensageiro e manifestação do amor de Deus; falando do sangue dele como a suficiente expiação do pecado, da Sua presente graça como o grande poder para a salvação em vidas humanas. O único poder.
2 – POR QUE É PODER PARA A SALVAÇÃO?
a) Porque faz seu apelo ao nosso amor, revelando que Deus nos ama, apesar de sermos indignos disso.
b) Porque nos apresenta um ideal perfeito, que a nossa consciência aprova e que o nosso entendimento renovado deseja imitar.
c) Porque nos ocupa constantemente com o bem, e com tudo que é santo e puro.
d) Porque nos traz novidade de vida no poder do Espírito Santo.
e) Porque nos fala de um futuro galardão, do qual o nosso atual gozo espiritual é o penhor.
3 – COMO SE OBTÊM AS SUAS BÊNÇÃOS?
Elas não são o prêmio de qualquer bondade natural nossa, nem dos esforços nossos. Elas são obtidas pela fé. Mas, que significa a fé? Ela importa:
a) Uma compreensão e apreciação daquilo que o Evangelho revela de Cristo.
b) Uma confiança no valor do Seu sangue como a base de nosso perdão.
c) Andar perto dele cada hora do dia. Cristo nunca oferece salvar a ninguém ao longe, nem dar-lhe meia-salvação. Porventura o ouvinte realmente deseja a salvação de Deus?

Assembléia de Deus : 100 anos de pentecostes

INTRODUÇÃO
100 Anos de Pentecostes, neste mês, a Assembléia de Deus no Brasil, alcança essa marca histórica. Na aula de hoje estudaremos a respeito da trajetória dessa igreja que, pelo poder do Espírito Santo, foi constituída a maior denominação evangélica do país. Inicialmente, destacaremos os seus primórdios, em seguida, o avanço significativo nas décadas seguintes, e por fim, seu desenvolvimento nos dias atuais.
1. OS PRIMÓRDIOS DA ASSEMBLÉIA DE DEUS
Em 1910, em plena efervescência do movimento pentecostal na cidade de Chicago, um jovem pastor batista sueco, chamado Gunnar Vingren, atraído pelo poder do Espírito Santo, se dirigiu àquela cidade a fim de atestar a veracidade dos fatos noticiados pela imprensa. Em 1909, após ter concluído o Seminário Teológico de Chicago, pastoreou a Primeira Igreja Batista de Menominee, em Michigan. Em uma das reuniões pentecostais, uma irmã profetizou para o jovem pastor que ele somente seria enviado para a obra missionária depois de ter sido batizado no Espírito Santo. Após ter recebido o poder do alto, Vingren retornou à sua Igreja e passou a ensinar a mensagem pentecostal, mas alguns irmãos da congregação não aceitaram aquela doutrina, recusando-o como pastor. Dias depois, em uma reunião de oração, o Espírito Santo falou-lhe através do irmão Adolfo Uldin que deveria ir ao Pará. Naquela ocasião Vingren encontrou Daniel Berg e juntos foram a uma biblioteca para consultar mapas e verificaram que o lugar profetizado localizava-se no Norte do Brasil. Antes de viajarem, Vingren, que dispunha de apenas 90 dólares, doou aquela quantia para um jornal pentecostal e partiu confiante em Deus. Em Nova Iorque, encontraram um irmão que se dirigia ao correio com uma carta, contendo justamente 90 dólares, e entregou o envelope ao irmão Vingren, comovidos eles agradeceram ao Senhor pela providência. Eles compreenderam que o Senhor estava com eles, e nessa fé, partiram de Nova Iorque em 5 de novembro de 1910, chegando ao Brasil no dia 19 do mesmo mês. Em Belém, foram direcionados a um pastor batista, que os recebeu e permitiu que eles fixassem residência no porão do templo. Daniel Berg começou a trabalhar para pagar as aulas de português de Gunnar Vingren, e este, ensinava a Daniel o que aprendia. Tão logo os missionários começaram a pregar a fé pentecostal, Jesus começou a batizar no Espírito Santo, a primeira irmã a recebê-lo foi Celina Albuquerque, outros crentes também passaram a defender a doutrina, incomodando a liderança da Igreja Batista de Belém. Após serem expulsos daquela igreja, fundaram, em 18 de junho de 1911, a Missão da Fé Apostólica, que viria a se chamar, em 1918, Assembléia de Deus.
2. O CRESCIMENTO DA ASSEMBLÉIA DE DEUS
A expansão da Assembléia de Deus se deu do Norte para o Nordeste e em pouco tempo alcançou o sul e o sudeste do pais. Isso porque os imigrantes nordestinos haviam deixado sua terra, devido à seca, e seguiram em direção ao Norte, em busca de melhorias de vida, impulsionados pela cultura da borracha, que posteriormente entraria em crise. Muitos desses nordestinos não conseguiram o bem-estar financeiro que almejavam, mas foram tocados pela mensagem do evangelho de Cristo e pelo poder do Espírito Santo, e retornando aos seus estados, difundiram-na nos rincões por onde passavam. Em fevereiro de 1910, Absalão Piano é consagrado pastor, se tornando, assim, o primeiro pastor brasileiro das Assembléias de Deus. Mais missionários vieram para o Brasil, em 1914 Otto e Adina Nelson, procedentes da Suécia. Em 1916, chegaram a Belém do Pará, o pastor Samuel Nyström e sua esposa Lina, vindos da Suécia, via Estados Unidos. Em 16 de outubro de 1917, Gunnar Vingren casou-se com Frida Strandberg, cumprindo-se a profecia do irmão Adolfo Uldin, de que ele se casaria com uma jovem com esse nome. Frida Vingren foi um baluarte da fé pentecostal no Brasil, em virtude das doenças do marido, essa obreira incansável empreendeu todos os esforços para a edificação da igreja. Além de compor belos hinos que fazem parte da Harpa Cristã, tinha considerável formação bíblico-teológica, escrevendo artigos para os periódicos pentecostais e lições para o ensino dominical na igreja. A Assembléia de Deus, por aquele tempo, era um movimento menos institucionalizado, isso porque o pentecostalismo sempre foi marginalizado. Na Suécia, as igrejas estatais não admitiam aquele tipo de doutrina, por isso, a tendência dos missionários era adotar no Brasil o sistema de igreja livres, semelhantes àquelas existentes no país deles. A institucionalização da igreja consolidou-se em 1930, quando, em Natal (RN), aconteceu a Primeira Convenção da Assembléia de Deus, cujo objetivo central foi o recebimento dos brasileiros, mas especificamente dos nordestinos, da liderança da igreja, até então conduzida pelos missionários suecos. Dentre os pontos discutidos nessa convenção estavam: a observância dos usos e costumes, a questão da ordenação masculina e a oposição aos seminários teológicos. Esses assuntos estavam em evidência por causa da influência que a Assembléia de Deus dos Estados Unidos, que se mostrava bastante flexível em relação a esses posicionamentos. Ao longo da sua história, a Assembléia de Deus no Brasil, tem se demonstrado mais aberta em relação a alguns desses princípios. A existência da Faculdade da Assembléia de Deus – FAECAD – é uma demonstração de ruptura e de ênfase no ensino bíblico-teológico, bem como a difusão do evangelho através de um programa de TV: Movimento Pentecostal, já que outrora era proibido que os crentes ouvissem rádio e vissem televisão.
3. A ASSEMBLÉIA DE DEUS NOS DIAS ATUAIS
Nesses últimos anos a Assembléia de Deus no Brasil experimentou um avanço extraordinário. Estima-se que atualmente existam mais de 20 milhões de fiéis espalhados por todo o Brasil, representado aproximadamente 40% dos evangélicos, mais de 30 mil pastores, mais de seis mil igrejas-sede, mais de dois mil missionários, milhares de obreiros e mais de 100 mil cultos nos mais de cinco mil municípios brasileiros. Essa expansão possibilitou uma série de vantagens, principalmente no contexto social. A Assembléia de Deus deixou de ser um movimento evangélico marginalizado e passou a gozar de prestígio perante a sociedade, principalmente entre os políticos que querem angariar votos entre os fiéis. A própria igreja, que outrora se posicionava contra o envolvimento dos cristãos na política, passou a investir nessa área, elegendo, a cada pleito, um número representativo de evangélicos, inclusive pastores, para o executivo e o legislativo. Os primeiros crentes eram pessoas simples que não gozavam de condição financeira favorável e tinham pouca instrução estudantil. Esse quadro atualmente é diferenciado, pois existem pessoas hoje na Assembléia de Deus com considerável saber acadêmico, além de empresários bem-sucedidos, considerando que a Associação dos Homens de Negócio do Evangelho Pleno – ADHONEP é uma idealização dessa denominação. A Convenção Geral das Assembléias de Deus (CGADB), criada inicialmente em 1930, foi registrada em 1946, pelo missionário Samuel Nyström e o Pr. Cícero Canuto. Esse órgão assembleiano surgiu com o objetivo de estabelecer um espaço de discussão e direcionar o crescimento da denominação. Em 1989 ocorreu a primeira dissidência na CGADB quando surgiu a Convenção Nacional de Ministros da Assembléia de Deus Madureira. O atual presidente da CGADB é o Pr. José Wellington Bezerra da Costa, que tem dirigido essa convenção desde 1988, após a morte do Pr. Alcebíades Pereira de Vasconcelos. Ligada à CGADB está a Casa Publicadora das Assembléias de Deus (CPAD), que tem experimentado um crescimento considerável nesses últimos anos, publicando Bíblias, periódicos e obras clássicas da teologia evangélica, sendo gerenciada por Ronaldo Rodrigues. Uma das suas principais publicações é a Bíblia de Estudo Pentecostal, com notas de Donald Stamps e cuja tradução foi supervisionada por um dos expoentes da teologia pentecostal brasileira, o Pr. Antonio Gilberto.
CONCLUSÃO
A Igreja que cresce sempre enfrenta desafios, assim aconteceu com a Igreja em Jerusalém, o mesmo tem ocorrido com a Assembléia de Deus. Há muito para celebrar, podemos dizer como o salmista: “grandes coisas fez o Senhor por nós, por isso estamos alegres” (Sl. 126.4). No entanto, não podemos desconsiderar os riscos que enfrentamos para os próximos anos, enquanto aguardamos a vinda de Jesus. Dentre eles destacamos: a confusão na relação igreja-estado, a secularização da teologia da prosperidade, o exagero na institucionalização, a formação de novos líderes, o formalismo litúrgico e a política eclesiástica, essa última tem causado fortes disputas internas por cargos eletivos. Esses desafios não tiram o brilho do Centenário, mas nos levam a refletir sobre o futuro da igreja, a ponderar a respeito de onde viemos, onde estamos e aonde iremos, sem esquecer, principalmente, que o Senhor Jesus é o Senhor da Igreja e que o Espírito Santo sopra aonde quer, por isso, precisamos estar atentos para ouvir a Sua voz.

Confissão e perdão

SALMOS 32.1-11

Poesia de Davi.

"Feliz aquele cujas maldades Deus perdoa e cujos pecados ele apaga! Feliz aquele que o SENHOR Deus não acusa de fazer coisas más e que não age com falsidade! Enquanto não confessei o meu pecado, eu me cansava, chorando o dia inteiro. De dia e de noite, tu me castigaste, ó Deus, e as minhas forças se acabaram como o sereno que seca no calor do verão. Então eu te confessei o meu pecado e não escondi a minha maldade. Resolvi confessar tudo a ti, e tu perdoaste todos os meus pecados. Por isso, nos momentos de angústia, todos os que são fiéis a ti devem orar. Assim, quando as grandes ondas de sofrimento vierem, não chegarão até eles. Tu és o meu esconderijo; tu me livras da aflição. Eu canto bem alto a tua salvação, pois me tens protegido. O SENHOR Deus me disse: "Eu lhe ensinarei o caminho por onde você deve ir; eu vou guiá-lo e orientá-lo. Não seja uma pessoa sem juízo como o cavalo ou a mula, que precisam ser guiados com cabresto e rédeas para que obedeçam." Os maus sofrem muito, mas os que confiam em Deus, o SENHOR, são protegidos pelo seu amor. Todos vocês que são corretos, alegrem-se e fiquem contentes por causa daquilo que o SENHOR tem feito! Cantem de alegria, todos vocês que são obedientes a ele!"

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Por que ser um dizimista?

Por que ser um dizimista?Uma verdade absoluta e inegável é que Deus é o dono de todas as coisas. Nada trouxemos para este mundo nem nada dele levaremos. Somos mordomos dos bens que Deus nos confia. Deus espera de nós fidelidade e o dízimo é um símbolo dessa fidelidade. A prática da devolução dos dízimos está presente tanto no Antigo como no Novo Testamento. Devemos honrar a Deus com as primícias de toda a nossa renda.
O profeta Malaquias elenca três razões imperativas pelas quais devemos ser fiéis na devolução dos dízimos:
1. Porque reter os dízimos é roubar a Deus (Ml 3.8) – O dízimo não é nosso, é de Deus. O dízimo é santo ao Senhor. Não damos dízimo, devolvemo-lo. Reter o que não é nosso é roubo. Reter o dízimo é roubar a Deus (Ml 3.8). É apropriar-se indebitamente daquilo que deve ser consagrado ao Senhor. Reter o dízimo é desamparar a Casa de Deus. É deixar de cooperar com ele em sua obra. A retenção do dízimo é um sinal de enfraquecimento espiritual. Sempre que o povo se afastou de Deus, deixou de trazer os dízimos ao Senhor. Por isso, Malaquias diz que devemos nos tornar para Deus antes de trazer o dízimo de Deus (Ml 3.7). Quando trazemos nosso coração para Deus, os dízimos vêem junto. É importante ressaltar que Deus não precisa de dinheiro. Ele é dono de todo o ouro e de toda a prata. Ele quer nossa fidelidade. Deus sabe que onde está o nosso tesouro, aí estará o nosso coração. O amor ao dinheiro é a raiz de todos os males. Se servirmos às riquezas, não poderemos servir a Deus. Se confiarmos no dinheiro, não poderemos confiar em Deus. Se a nossa confiança estiver na provisão, não estará no provedor.
2. Porque reter os dízimos é roubar a nós (Ml 3.9-11) – Apropriar-se indevidamente do dízimo de Deus é atrair maldição sobre nós em vez de bênção (Ml 3.9). É fechar as janelas dos céus sobre nós em vez de têlas abertas. É suspender o derramamento das bênçãos em vez de experimentá-las copiosamente (Ml 3.10). É dar espaço ao devorador na vida financeira em vez de vê-lo repreendido (Ml 3.11). É semear muito e colher pouco. É receber salário e colocá-lo num saco furado (Ag 1.6). A Bíblia diz que reter mais do que é justo é pura perda. Tentar enganar a Deus, trazendo apenas uma parte dos dízimos como se estivéssemos sendo fiéis na devolução é mentir ao Espírito Santo e esse pouco que trazemos Deus o rejeita e o assopra (Ag 1.9). Deus não é Deus de resto, mas de primícias. Quando o povo trouxe animais cegos, doentes e aleijados para o sacrifício, Deus não apenas rejeitou a oferta, mas também os ofertantes (Ml 1.8-10). O dízimo não é um expediente usado por Deus para subtrair de nós o que temos, mas um recurso de Deus para nos abençoar ainda mais. Dízimo não é subtração, mas multiplicação. Deus mesmo é quem nos dá a semente e quem multiplica a nossa sementeira.
3. Porque reter os dízimos é roubar os outros (Ml 3.12) – Os olhos das nações estavam sobre Israel. Quando o povo de Deus o honrava na devolução dos dízimos, sua prosperidade e felicidade eram um testemunho eloqüente perante os povos. As nações, então, seriam atraídas para conhecer o Deus de Israel. Por outro lado, a desobediência do povo em trazer ao Senhor os dízimos, sinalizava sua decadência espiritual e essa atitude, afastava as nações do conhecimento de Deus. Nossas ações têm conseqüências não apenas em nossa vida, mas também, na vida dos outros. Quando retemos os dízimos privamos a nós mesmos de bênçãos e privamos outras pessoas também de verem em nós a graça de Deus. Reter os dízimos é roubar a Deus, a nós e aos outros. Reter os dízimos é contabilizar perdas financeiras, emocionais e espirituais. Reter os dízimos é um pecado de desobediência, infidelidade e incredulidade. Que Deus nos ajude a sermos fiéis ao Deus fiel. Que Deus nos ajude a devolvermos a ele o que lhe é santo, e isso em resposta ao seu dom inefável!

Descanse em Deus

“Descanse no Senhor e aguarde por ele com paciência”. (Sl 37.7)
Por mais dificuldade que já tenhamos superado, o futuro ainda pode parecer assustador. Há desafios que requerem conhecimentos, coragem e sabe-se lá o que mais. Na leitura de hoje vemos um homem de Deus preocupado com o futuro – e com razão.
No passado enfrentara crises tremendas, como a luta com o faraó, quando observou os castigos divinos sobre o Egito e a libertação milagrosa de Israel na passagem pelo Mar Vermelho (Êx 5-14). Mas agora os milagres de israelitas no deserto esperam direção. E Moisés, seu líder, fica indeciso. Pela frente, a marcha para atacar os inimigos em Canaã, seu destino, parece mais desafiador do que tudo o que viu no passado. Esperava que Deus lhe indicasse um assistente, mas ninguém apareceu. Sem auxílio divino, Moisés sente se incapaz de prosseguir para a terra prometida de Canaã, onde os pagãos ainda estavam enraizados. Moisés até lembra Deus de que Israel é seu povo – como se ele não soubesse! No entanto, em amor Deus identifica se com Moisés para ir com ele e lhe dar descanso. Deus irá adiante, junto com Moisés, e estará também na retaguarda – tudo de que Israel e seu líder precisarão.
Encarar uma impossibilidade e ainda sentir paz parece humanamente impossível – e é ! Só Deus é capaz disso. Você tem se perguntado a razão de tantas dificuldades? Julgaria melhor ter uma vida tranquila, com pleno êxito a cada passo? Mas Deus tem outro alvo: um relacionamento mais íntimo com você, seu filho. Por isso o cerca de tal maneira que você tenha de buscá-lo em oração com mais intimidade. Ele sabe a hora melhor para você dar cada passo. Em qualquer situação quer dar lhe tranquilidade no seu íntimo para avançar com a certeza que tudo está nas mãos do Todo Poderoso. Isto é descansar no Senhor. Entregue se a ele totalmente para desfrutar da paz aguardando por ele com paciência, mesmo se tiver razão para preocupações.
Ler: Êxodo 33.12-17
Quanto mais escuro o ambiente,
mais brilho tem o amor de Deus.

Fidelidade a Deus

“O homem que comete adultério não tem juízo, todo aquele que assim procede a si mesmo se destrói”.

Diante do altar, uma mulher vestida de branco e seu companheiro juram que amarão um ao outro por toda a vida, estarão juntos em todas as situações e serão fiéis ao seu compromisso. É um momento inesquecível para os noivos e seus convidados. Mas até quando dura esta disposição de amar para sempre? Até a primeira briga ou dificuldade?
O texto de hoje faz parte dos Dez Mandamentos e é bem conhecido, até por aqueles que desprezam a Deus. Para estes, a traição tornou-se comum, esperada (como consequência natural do desgaste do relacionamento amoroso) e até mesmo justificada. Por exemplo, uma esposa já não atrai mais o marido e por isso ele acha que tem todo o direito de procurar outra mulher mais bela, ou uma esposa que busca em outro homem o carinho e a atenção que não recebe do marido. Não é isso que mostram os filmes e novelas? Quantos relacionamentos e famílias já foram destruídos por causa da infidelidade? Analisando a questão, vemos que a cobiça e o adultério são resultados do egoísmo, pois quem trai só pensa em satisfazer seus próprios desejos.
Porém, quem deseja agradar a Deus não pode deixar que seus desejos egoístas o levem a trangredir os mandamentos divinos. Jesus ainda acrescentou que também é adultério olhar para uma pessoa e desejá-la (Mt 5.28). Quando um cônjuge trai o outro – na prática ou em pensamento, não é apenas aquela pessoa que ele magoa e desrespeita. Ele é infiel ao próprio Deus, que ordenou a fidelidade no casamento.
Demonstre sua fidelidade a Deus sendo fiel ao seu cônjuge. Ame-o, fuja de qualquer tentação, procure suprir suas necessidades e alerte se as suas não estiverem sendo supridas. Se você ainda é solteiro, ore a Deus por seu futuro cônjuge e treine desde já sua fidelidade, evitando que a mente crie fantasias ou registre imagens impróprias.
Ler: Êxodo 20.14,17
Fidelidade a Deus resulta em fidelidade ao cônjuge.

Ação de Graças de Uma Pessoa Salva da Morte

SALMOS 30.1-12

Salmo de Davi. Canção para a dedicação do Templo.

Ó SENHOR Deus, eu te louvo porque me socorreste e não deixaste que os meus inimigos zombassem de mim. Ó SENHOR, meu Deus, eu gritei pedindo ajuda, e tu me curaste, tu me salvaste da morte. Eu estava entre aqueles que iam para o mundo dos mortos, mas tu me fizeste viver novamente. Cantem louvor a Deus, o SENHOR, vocês, o seu povo fiel! Lembrem do que o Santo Deus tem feito e lhe deem graças. A sua ira dura só um momento, mas a sua bondade é para a vida toda. O choro pode durar a noite inteira, mas de manhã vem a alegria. Eu me senti seguro e pensei: "Nunca terei dificuldades." Ó SENHOR Deus, tu foste bom para mim e me protegeste como uma fortaleza nas montanhas. Depois tu te escondeste de mim, e eu fiquei com medo. Ó SENHOR Deus, eu te chamei e pedi a tua ajuda. Se eu morrer, que lucrarás com isso? Será que os mortos podem te louvar? Será que eles podem anunciar que és fiel? Ó Deus, escuta-me e tem compaixão de mim! Ajuda-me, ó SENHOR Deus! Tu mudaste o meu choro em dança alegre, afastaste de mim a tristeza e me cercaste de alegria. Por isso, não ficarei calado, mas cantarei louvores a ti. Ó SENHOR, tu és o meu Deus; eu te darei graças para sempre.

Amem o que é bom

AMÓS 5.11-15

Vocês exploram os pobres e cobram impostos injustos das suas colheitas. Por isso, vocês não vão viver nas casas luxuosas que construíram, nem chegarão a beber o vinho das belas parreiras que plantaram. Eu sei das muitas maldades e dos graves pecados que vocês cometem. Vocês maltratam as pessoas honestas, aceitam dinheiro para torcer a justiça e não respeitam os direitos dos pobres. Não admira que num tempo mau como este as pessoas que têm juízo fiquem de boca fechada! Procurem fazer o que é certo e não o que é errado, para que vocês vivam. Assim será verdade o que vocês dizem, isto é, que o SENHOR, o Deus Todo-Poderoso, está com vocês. Odeiem aquilo que é mau, amem o que é bom e façam com que os direitos de todos sejam respeitados nos tribunais. Talvez o SENHOR, o Deus Todo-Poderoso, tenha compaixão das pessoas do seu povo que escaparem da destruição.

O Profeta Não Pode Calar

AMÓS 3.1-8

Povo de Israel, escute o que o SENHOR Deus disse a respeito de vocês, o povo que ele tirou do Egito: — No mundo inteiro, vocês são o único povo que eu escolhi para ser meu. Por isso, tenho de castigá-los por causa de todos os pecados que vocês cometeram.
Por acaso, duas pessoas viajam juntas, sem terem combinado antes? Será que o leão ruge na floresta, sem ter achado algum animal para caçar? Será que o leão novo fica rosnando na caverna, se não tiver pegado nada? Será que um passarinho cai numa armadilha que não estava armada? Será que uma armadilha se desarma sem ter pegado algum animal? Quando tocam a corneta de alarme, será que o povo não fica com medo? Por acaso, cai alguma desgraça sobre uma cidade, sem que o SENHOR Deus a tenha feito acontecer? Por acaso, o SENHOR Deus faz alguma coisa sem revelar aos seus servos, os profetas? Quando o leão ruge, quem não fica com medo? Quando o SENHOR Deus fala, quem não anuncia a sua mensagem?

Na Provas da Vida Aprendemos a Depender de Deus

“Feliz é o homem que persevera na provação, porque depois de aprovado receberá a coroa da  vida, que Deus prometeu aos que o amam”. (Tg 1.12)
Na época do texto de hoje, muitos israelitas não tinham visto como Deus livrara o seu povo. Aqueles que não haviam presenciado como Deus dera a vitória nas guerras precisavam ser treinados na fé e também nas batalhas, para adquirir experiência. Deus deixou os povos vizinhos prová-los para ver se obedeceriam aos seus mandamentos. Mas eles falharam: acabaram adorando outros deuses.
Desde o jardim do Éden Deus prova o ser humano. A fidelidade a Deus só é autêntica depois de passar pela prova da adversidade, que tem um valor educativo. Enquanto temos somente uma opção, um caminho a seguir, não podemos demonstrar nossa capacidade de escolha e decisão. Deus usa nossa vida para nos ensinar: às vezes somos guiados por caminhos difíceis; em outras, podemos escolher o que fazer e para onde ir. Ele espera que escolhamos o caminho certo. Para isso recebemos tarefas difíceis. Podemos sofrer por um determinado tempo. Somos tentados. A demora em Deus nos atender quando estamos com pressa vai testando a nossa paciência e a coragem.
Ao propor dependência de uma coisa tida por fraca, ao reduzir as nossas forças e pedir o último pedaço de pão, Deus mostra que da fraqueza tira força. Quando oramos por chuva e ele manda uma pequena nuvem ou pedimos socorro e ele envia uma criança, quer nos mostrar que ele usa com poder até mesmo pequenas coisas. Ao ficar em silêncio quando oramos ou parado quando afundamos, quer nos ensinar a esperar pelo melhor. Mas isso somente espera quem já conhece Deus, andou com ele em muitas batalhas e venceu muitas guerras usando  como arma a “espada do Espírito” (veja em Efésios 6.17 que arma é essa).
Deus deixa as dificuldades em nossa vida para nos provar e ensinar. Na dos israelitas, foram os vizinhos; na de Paulo, foi um espinho na carne. E na sua?
Ler: Juízes 3.1-6
É nas provas da vida que aprendemos a depender de Deus.

Humildade Diante do Senhor é Segurança

“Não tenha medo, Daniel. Desde o primeiro dia em que você decidiu buscar entendimento do seu Deus, suas palavras foram ouvidas, e eu vim em resposta a elas”. (Dn 10.12)
Você já viu um passarinho dormindo num galho ou num fio da rede elétrica sem cair? Não é estranho que ele consegue dormir, desligado do mundo, sem se desequilibrar? Como ele consegue isso? O segredo está nos tendões dos pés do passarinho. Eles são construídos de forma que, quando o joelho está dobrado, o pezinho segura firmemente qualquer coisa a que estiver agarrado. Os dedos dos pés só soltarão o galho ou fio quando ele desdobra o joelho ao se levantar. O joelho dobrado é o que dá ao passarinho a força para segurar qualquer coisa. Deus é incrível mesmo! Quando criou os seres vivos, ele pensou em cada detalhe, para que tudo funcionasse perfeitamente.
O mesmo acontece com o cristão, para sua segurança espiritual. Podemos encontrar firmeza em qualquer situação, por maior que seja a ameaça externa. O cristão não corre nenhum perigo de cair, se estiver com seus joelhos dobrados diante do Senhor, em oração. Uma oração que provém de um coração humilde demonstra que o cristão não confia em si mesmo, mas sim na providência do Senhor. Ele pode descansar, sabendo que Deus toma conta dele e proporciona total segurança. Assim como o passarinho, o cristão terá todas as condições de se equilibrar nos problemas e ameaças da vida. Pode descansar e dormir tranquilamente (v24), sabendo que não corre nenhum risco, porque o Senhor será a sua segurança e o impedirá de cair em armadilhas (v26).
Por isso, não ouse andar sozinho na vida espiritual. Humilhe-se constantemente na presenaça do Senhor, e verá que grande paz e segurança inundarão todo o seu ser.
Ler: Provérbios 3.21-26
A humildade diante do Senhor
é a garantia de seguranaç na vida do cristão.

Jesus - Nosso Herói!

“Jesus [é o] autor e consumador da nossa fé. Ele… suportou a cruz, desprezando a vergonha, e assentou-se à direita do trono de Deus”. (Hb 12.2)

Muitas pessoas gostam de heróis: colecionam fotos, figuras, relatos e qualquer coisa que se relacione a eles. Mas o que é um herói? Segundo um dicionário, herói pode ser um grande homem que foi divinizado; que fez ações extraordinárias, principalmente na guerra; o principal personagem de uma obra literária ou cinematográfica; o protagonista de um acontecimento.
Será que Jesus se enquadra nas descrições acima, para ser considerado herói? Sem medo de errar, podemos dizer que Jesus é maior que todos os que já viveram na Terra em todos os tempos. Ele não somente é um homem divinizado, mas é o Deus que se fez homem. Não fez algo extraordinário, apenas: fez o que ninguém no mundo poderia ter feito para nos salvar. Não foi brilhante numa batalha entre homens, mas venceu a mairo guerra que já se travou neste mundo ao morrer na cruz por nós, derrotando o inimigo das nossas almas. Ele não é o principal personagem de um livro qualquer – é o centro da mensagem da Bíblia, de valor eterno, e cujo autor é o próprio Deus. Por fim, Jesus não é o protagonista de um acontecimento qualquer: sua vinda ao mundo dividiu a história em antes dele e depois dele. Ele não foi o centro das atenções apenas nos dias em que viveu na Terra, mas até hoje, quase dois mil anos depois de sua morte e ressurreição, ele é a razão de viver de todos os seus discípulos.
Por tudo isso e por muito mais, podemos dizer que Jesus Cristo é o máximo, o supremo, o Rei dos reis, Senhor dos senhores. Ele é  o nosso maior herói! Por tudo que é, fez e faz, Cristo tem todas as condições para ocupar o trono do nosso coração. Então, faça dele o Senhor da sua vida e o Salvador da sua alma!
Ler: Hebreus 4.14-16
Jesus supera qualquer outro herói!

A Bondade de Deus!

“Provem e vejam como o Senhor é bom”. (Salmo 34.8a)

“Deus é bom, comentou um negociante quando teve êxito depois de muita demora. Julgou Deus por seu sucesso pessoal – não sei se teria culpado o Senhor se o negócio desse errado. Na verdade, Deus é bom. Porém, vendo os desastres, guerras e mudanças climáticas que já levaram milhares de pessoas à morte, muitos duvidam da bondade de Deus. Ignoram que os males em nada diminuem a bondade de Deus, pois são resultados da queda do homem – quando o ser humano pecou, toda a natureza passou a sofrer as consequências disso. Deus permenece eternamente bom;  se não o fosse, deixaria de ser Deus. As pessoas da Trindade – Pai, Filho e Espírito Santo – possuem a mesma bondade eterna. A Bíblia apresenta o “Deus bondoso” (Ne 9.17), o “bom Espírito” (Ne 9.20) e Jesus, o bom pastor que deu sua vida por nós para que pertencêssemos ao seu rebanho eternamente.
Deus criou o primeiro casal sem pecado, mas eles escolheram ceder à tentação de Satanás e pecaram. Sendo pecadores, geraram pecadores; por sinal, seu primeiro filho tornou-se assassino. Todos nós, como descendemos de Adão e Eva, não podemos dizer que somos bons no sentido absoluto. Todos se comportam aceitavelmente na maioria das vezes, mas quando erram, mostram sua natureza pecaminosa. Por isso Deus considera todos como pecadores (Rm 3.23).
Se você já aceitou Jesus como seu Salvador, foi porque, na sua bondade, Deus o levou ao arrependimento (Rm 2.4), o Espírito o convenceu do pecado, conduziu-o ao amor de Deus em Cristo, o Salvador, e mudou a direção de sua vida para os caminhos da justiça. Diariamente, Deus o convida a meditar na sua Palavra, que expõe a sua bondade e misericórdia. Perante o Pai no céu, Jesus intercede por você e por mim, para que possamos sempre desfrutar a comunhão com ele. Louve a Deus, que é tão bom!
Ler: Salmo 136
Prove diariamente como Deus é bom!

Diferença Entre Pedir Desculpa e Perdão

“Você prefere o mal ao bem, a falsidade, em lugar da verdade”.
(Sl 52.3)

Despois que inventaram a desculpa, ninguém mais tem culpa ou pelo menos pensa que pode justificar-se dizendo simplesmente “Desculpe-me”. O assassino diz que matou por amor, o ladrão roubou por necessidade, a mulher se prostitui para comprar comida para seu filho, casais se separam porque o amor acabou, funcionários trabalham relaxadamente porque são mal remunerados, vendedores cobram caro porque afinal todo mundo faz assim.
Embora pedir desculpa e pedir perdão pareça a mesma coisa, é algo bem diferente. Pedir desculpa é uma alegação atenuante ou justificativa de culpa. É isentar-se da culpa, apontar outro culpado e outro motivo para seu erro, é quase dizer o mesmo que não foi minha culpa. Já pedir perdão é declarar-se culpado. Admitir o erro. Confessar o pecado em atitude de arrependimento. Quem pede perdão demonstra que deseja mudar. Quem pede desculpa não se responsabiliza por seus atos, não admite seu erro e logo vai errar novamente.
É claro que também existe a dificuldade de perdoar por parte de quem ouvem alguém adimitir o erro. Prefere-se ouvir uma desculpa à verdade. Se você chega atrasado a uma reunião e diz: “Desculpem, o trânsito estava congestionado”, todos vão sorrir e desculpar. Mas se você disser: “Perdoem-me, não dei importância necessária a esta reunião e saí atrasado de casa”,  com certeza virão críticas. É preciso ser sincero. No lugar de nos acostumarmos em disfarçar nossas intenções com desculpas, com sorrisos falsos ou conversa lisonjeira, devemos tratar nosso coração limpando o ódio, a inveja e a preguiça que tanto nos faz ser individualistas. Como servos de Deus, devemos tratar as pessoas com responsabilidade e, se errarmos, precisamos pedir perdão e tentar corrigir nossa falta. Ter uma vida de sinceridade com nosso próximo é um grande passo para quem quer ser correto diante de Deus.
Ler: Provérbios 26.23-28
É melhor ser ferido por dizer a verdade
do que amado pela falsidade.

O Deus Vivo Está Sempre de Mãos Estendidas

“Esse é o propósito do Senhor dos Exércitos; quem pode impedi-lo? Sua mão está estendida; quem pode fazê-la recuar?” (Is 14.27)

A estátua do Cristo Redentor no Rio de Janeiro ganhou o direito de pertencer às sete novas maravilhas do mundo. Sua escolha deveu-se principalmente aos milhões de votos dados pela internet, onde até mesmo houve o aval do Presidente da República. Por que será? Só por ser uma obra de arte brasileira ou por algo mais? Esse algo mais indicaria uma grande superficialidade de avaliação. Será que alguém pensará que, por termos uma estátua do Cristo Redentor, seremos um país  justo, temente a Deus, íntegro, praticante de boas ações? Creio que não.
O profeta já nos alertava de como Deus se sentia por adorarmos imagens ou por apenas fazê-las. Em Jeremias 19.5, ele avisa: “Construíram nos montes os altares dedicados a Baal, coisa que não ordenei, da qual nunca falei nem jamais me veio à mente”. Nunca Deus ordenou a adoração de qualquer tipo de ídolo ou sacrifício. Deus faz a terra pelo seu poder. Estabeleceu o mundo por sua sabedoria e com sua inteligência estabeleceu os céus, mas nós queremos fazer por nós mesmos algo maravilhoso. Sim, sabemos que Deus deu inteligência ao homem para idealizar, criar, construir e realizar, mas para ter como objetivo glorificar o nome do Criador, não para criar objetos de adoração.
Pertencemos a uma terra que jaz no maligno, mas que ainda é nosso lar. Não somos daqui, mas convivemos com toda espécie de problema. Do mais banal jogar papel na rua ao mais brutal assassinato de crianças. Quem dera um dia  pudéssemos humilhar-nos para que Deus sarasse nossa terra. Estamos longe disso! Resta, no entanto, uma certeza: é só uma passagem. Uma leve peregrinação que durará os anos que o Senhor nos aprouver dar. A eternidade nos aguarda com a doce presença de Jesus para sempre, este sim com seus braços reais estendidos.
Ler: Jeremias 10.1-7
O Deus vivo está sempre de mãos estendidas.

Vento do Espírito Santo

“O vento sopra onde quer. Você o escuta, mas não pode dizer de onde vem e nem para onde vai. Assim acontece com todos os nascidos do Espírito”. (Jo 3.8)

“Sempre que me acontece alguma coisa importante, está ventando”, dizia Ana Terra, personagem chave do romance “O tempo e o Vento”, de Érico Veríssimo.
Conta-se de um agricultor que sempre se queixava da má distribuição do sol e da chuva. Finalmente, Deus lhe teria permitido governar o tempo durante um ano – e ele cuidou bem do sol, da chuva, do calor, do frio… só que sua colheita toda deu em nada porque esqueceu o vento, necessário para polinizar a plantação. Para velejar, o sucesso ou o fracasso dependem, entre outros fatores, da força e da direção do vento. Gosto do vento: especialmente quando aqui em São Paulo a poluição torna o ar parado e pesado, a limpeza que o vento faz é um alívio.
Sim, o vento faz muitas coisas – só que sempre do jeito dele. Embora se possa prever quando e como ele ocorrerá, o que Jesus disse a Nicodemos no versículo acima continuava valendo – e a conversa deles não foi sobre o tempo. Jesus fez aí um jogo de palavras. Falou em “pneuma” (vento, em grego), que também significa “espírito”. Daí o final do versículo. Esse “vento” de Deus quer realizar em nós muito do que o vento físico faz em torno: soprar as impurezas, renovar o ânimo, promover frutos e impelir nossa vida para frente. Ao contrário do vento físico, porém, o Espírito de Deus nunca será um furacão destruidor. Sobre isso há um exemplo interessante em 1 Reis 19.11-13 – confira.
No dia do Pentecoste, o Espírito de Deus também veio como um vento e arejou, limpou, revitalizou e impeliu todos os que se expuseram a ele, e se você hoje o perceber soprando em sua consciência, não se esconda. Esse vento pode levantar um bocado de poeira na sua vida, mas será para levá-la para longe e limpar a área. Aí você poderá tomar aquela frase da Ana Terra e virá-la ao contrário, como aparece no rodapé desta mensagem.
Ler: Atos 2.1-12
Sempre que o vento do Espírito Santo sopra em nós,
acontece algo importante – e muito bom.

Passagem e Bagagem para o Céu

“Acumulem para vocês tesouros nos céus, onde a traça e a ferrugem não destroem, e onde os ladrões não arrombam nem furtam”. (Mt 6.20)

No texto de hoje Jesus fala a respeito de acumular riquezas. Ele não diz que juntar dinheiro é errado, mas fala do perigo de investi lo em lugar errado. Jesus disse que não devemos acumular tesouros na terra, mas no céu. Na terra os tesouros não estão seguros – aqui há traças, ferrugem e ladrões. É como se Jesus nos orientasse em qual banco abrir nossa poupança porque nem todos são seguros. Ele diz que há um lugar bastante vulnerável e perigoso para investirmos nossas economias – aqui na terra.
Já no céu é plenamente seguro para fazer nossa “poupança”. Ela podera ser “sacada” quando estivermos vivendo eternamente com Deus – é a recompensa que receberemos do Senhor no céu. Nosso investimento no céu é como uma bagagem que arrumamos aqui na terra, durante toda a nossa vida, para levarmos conosco quando partirmos de viagem para o céu ao deixarmos a vida neste mundo. O que há nessa mala? É preciso lembrar que somente pessoas podem entrar no céu e nada mais, portanto devemos investir em pessoas – falando sobre Jesus e convidando as a fazer parte do povo de Deus, auxiliando em suas necessidades, praticando os princípios bíblicos e, principalmente, amando as sem restrições. A mala não terá coisas materiais, portanto.
Mas de que adianta arrumarmos nossa mala se não adquirirmos antes a nossa passagem para o céu? A bagagem é aquilo que fazemos para glorificar a Deus e em obediência a ele; a passagem é nossa fé depositada em Jesus, por meio de quem ganhamos a vida eterna. Sem passagem e bagagem, ninguém chega ao céu. Entregue sua vida a Cristo e garanta sua passagem; depois, ajude outros a adquirir a passagem deles – e assim arrume sua bagagem.
Ler: Mateus 6.19-21
Sem garantir a passagem para o céu,
nada adianta arrumar a bagagem!

Cargas Alheias

“Bem aventurados os minsericordiosos, pois obterão misericórdia”. (Mt 5.7)

Parente ou amigos com problemas: o que fazer fazer?
Ter misericórdia significa ser solidário, “levar no coração a miséria do outro”. Jesus nos deu exemplo dessa atitude e bendiz aqueles que procedem assim. Quem acompanhar problemas de saúde, prisão, drogas, decepções, desemprego, relacionamentos, falecimentos, etc. dos seus próximos também sofre com eles. O misericordioso assume parte dessa carga do outro por meio de boas palavras e atos de caridade.
O que não podemos permitir é que tais sofrimentos nos dominem, caso contrário até perderemos a capacidade de ajudar. Há pessoas que transformam sua própria vida num inferno ao identificar-se com a vida dos outros, chegando a culpar-se pelas desgraças deles. É preciso, sim, amar as pessoas como a nós mesmos – esta é a boa ordem de vida estabelecida por Deus, mas não podemos deixar todos os infortúnios dos outros abalar nossa própria existência. Nessas horas tristes e pertubadoras temos de orar e pedir a Deus que ele venha nos socorrer, e então entregar nossas dores e fraquezas nas mãos dele. Este peso Jesus carregou por nós, e é nas mãos dele que temos de largá-lo. Não se considere inútil por causa das suas limitações – sua misericórdia, oferecendo compaixão e amor, é o que lhe compete.
A verdadeira solução para os problemas, principalmente aqueles da intimidade de pessoa, como tristeza, ansiedade, culpa, desânimo e similares, é a graça de Deus que oferece, não o nosso esforço. Apoio e sustento aos idosos, enfermos e desorientados é muito importante, mas só suportará as cargas dos outros quem está com os seus próprios pés firmes no chão. No mais, valem estas recomendações da Palavra de Deus: “Levem os fardos pesados uns dos outros e, assim, cumpram a lei de Cristo” (Gl 6.2), mas também “que a paz de Cristo seja o juiz em seu coração” (Cl 3.15)
Ler: 1 Pedro 3.8-12
Podemos ajudar a levar as cargas dos outros se
deixarmos as nossas nas mãos do Senhor.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

A arte de Calar

Calar sobre sua própria pessoa é humildade.
Calar sobre os defeitos dos outros é caridade.
Calar quando a gente está sofrendo é heroísmo.
Calar diante do sofrimento alheio é covardia.
Calar diante da injustiça é fraqueza.
Calar quando o outro está falando é delicadeza.
Calar quando o outro espera uma palavra é omissão.
Calar e não falar palavras inúteis é penitência.
Calar quando não há necessidade de falar é prudência.
Calar quando Deus nos fala no coração é silêncio.


Um grande abraço!
--

CARTA DE SATANÁS

CARTA DE SATANAS

Ontem eu te vi quando começava o seu dia. Acordou e nem sequer orou ao seu Deus. Ou melhor, durante todo o dia você não orou, e nem lembrou de abençoar sua comida. Você é muito ingrato para com o seu Deus, e isso em você me agrada muito. Eu também gosto da enorme fraqueza que sempre demonstra no que diz respeito ao seu crescimento espiritual, em ser um cristão.
Raramente lê a Bíblia e quando faz está cansado. Não medita no que lê, ora quase nada, além disso, muitas vezes diz palavras que não analisa. Por qualquer pretexto chega tarde ou falta ao seu culto de ensino. E o que falar de suas murmurações? Temos assistido muitos filmes juntos, sem falar nas vezes que fomos juntos ao teatro. Lembra daquele dia da tua fraqueza com aquela linda pessoa? Oh como foi bom!
Mas o mais me agrada é que você não se arrepende. E que sabe que é jovem e tem que aproveitar a vida, pensa só na carne e acredita que precisa ser salvo para a eternidade. Não há duvida você é um dos meus.
Amo as piadas vergonhosas que você conta e que também escuta. Você ri delas, eu também rio de ver um filho de Deus participando disto. O fato é que nos sentimos bem. A musica vulgar e de duplo sentido que você escuta me agrada demais. Como você sabe quais são os grupos que eu gosto de escutar? Também adoro quando murmura e se revolta contra o seu Deus.
Sinto-me feliz quando vejo você dançando e fazendo estes movimentos sensuais, eles me fascinam. Como isso me agrada!!! Você quer se encontrar comigo qualquer dia destes???
Certamente quando você está se divertindo saudavelmente, fico triste, mas sem problema, sempre haverá outra oportunidade. Tem vezes que me faz coisas incríveis, quando da mal exemplo as crianças ou quando os autoriza para perderem a sua inocência através da televisão, musicas ou coisas do gênero. Eles são tão espertos que imitam facilmente tudo o vêem. Muito obrigado.
O que mais me agrada é que poucas vezes tenho que te tentar, quase sempre cai por conta própria. Você busca os melhores momentos, se expõe as situações perigosas, me dando lugar!
Se tivesse cabeça mudaria de ambiente e de companhias; buscaria a palavra de Deus e entregaria realmente a tua vida aquele que você chama de Deus e, ainda mais, viveria o resto de seus anos sob a orientação do Espírito Santo.
Não tenho costume de enviar este tipo de mensagem, mas você é tão acomodado espiritualmente que não acredito que vá mudar nada.
Não me entenda mal, eu te odeio e não te dou a mínima. Se eu te busco é porque você me satisfaz com as tuas atitudes e faz cair em ridículo a Jesus Cristo.
Assinado Teu inimigo que te odeia: Satanás
ou como queira me chamar
(P.S. Se realmente me amas, não mostre à ninguém mais esta carta.)


"O INIMIGO TEM TENTADO DE TODAS AS FORMAS PARA QUE NÃO LEVAMOS A PALAVRA QUE CURA, QUE LIBERTA, QUE TRANSFORMA PARA AQUELE QUE PRECISA OUVIR."

Não se deixe enganar - Siga a verdade que é Cristo!

“Aparecerão falsos cristos e falsos profetas que realizarão grandes sinais e maravilhas para, se possível, enganar até os eleitos”. (Mt 24.24)
Certamente você já ouviu a frase “Que mundo é este?!” Sim, desde que o pecado passou a fazer parte da vida humana, coisas terríveis passaram a acontecer. É só observar as residências e empresas: trancas, ferrolhos, cercas elétricas, sofisticadíssimos sistemas de alarmes que utilizam até mesmo transmissão via satélite. Além disso, empresas de vigilância se multiplicam nas cidades e no campo. Tudo indica uma tremenda insegurança.
Do ponto de vista religioso, também há fenômenos estranhos. Há um multiplicação de comunidades e igrejas com nomes os mais estranhos, todas oferecendo, principalmente, curas miraculosas e soluções mirabolantes para problemas sentimentais e financeiros. Seria o cumprimento da profecia registrada no versículo em destaque?
O charlatanismo religioso existe há muito tempo, mas em nossos dias cresce extraordinariamente. Isso acontece porque as pessoas estão cada vez mais superficiais e suscetíveis aos enganos. Satanás sabe que tem pouco tempo e por isso manifesta toda a sua fúria (Ap 12.12), fazendo crescer a maldade e multiplicando os enganadores. Toda essa enganação vai culminar com o surgimento do anticristo: “A vinda deste perverso é segundo a ação de Satanás, com todo o poder, com sinais e com maravilhas enganadoras. Ele fará uso de todas as formas de engano da injustiça para os que estão perecendo, porquanto rejeitam o amor à verdade que os poderia salvar. Por esta razão Deus lhes envia um poder sedutor, a fim de que creiam na mentira e sejam condenados todos os que não creram na verdade, mas tiveram prazer na injustiça”. (2Ts 2.9-12).
Portanto, fique alerta para que estes enganadores não o levem para longe da verdade, que é Cristo. Somente ele leva ao Pai e concede a vida eterna.
Ler: Mateus 24.1-14
Não se deixe enganar
- siga a verdade, que é Cristo.

Conheça a graça de Deus

[Os pecadores são] justificados gratuitamente por sua graça, por meio da redenção que há em Cristo Jesus (Rm 3.24)
“Você está sem dinheiro? Desempregado? Não possui conta em banco? Não tem cartão de crédito? Sem problemas. Venha comprar na minha loja. Não exigimos comprovante de renda nem consultamos o SPC sobre sua situação no comércio. Separamos o melhor para você, artigo de exportação. Na verdade, não existe ninguém no mundo que tenha dinheiro o suficiente para comprá-lo. Toda a riqueza não daria para pagar a primeira prestação. Mas quero que você venha buscá-lo. Já imaginou receber um convite como este? Quem seria louco de não conferir uma maravilha desse tamanho?
Pois é exatamente este convite que Deus faz a você no texto de Isaías. Ele soa estranho ou até inacreditável porque foge totalmente dos padrões deste mundo, onde nada é de graça – nem injeção na testa.
O objetivo de Deus não é falar sobre dinheiro ou compras, mas ele compara esta compra sem dinheiro com a vida que concede por meio da sua misericórdia. É um convite para quem tem sede de vida e fome de sentido para ela. Ele continua a ecoar pelos lugares frios e escuros, convidando: venham! Atravessa deserto e vales, e chega às cavernas. Se você anda por um desses lugares, ouça atentamente a voz de Deus que nos ama e por isso convida: venha! Venha receber aquilo que dinheiro nenhum no mundo pode comprar: a alegria que apenas em Deus se obtém e mudança de vida para melhor. Seu dia a dia será mais iluminado, você terá vida plena e não precisará pagar por isso. Abandone o que machuca e deixe o Espírito guiar sua vida, que certamente terá mais qualidade. Mesmo que você esteja sofrendo demais, não tente negociar com Deus. Vá até ele e aceite sua graça, que não tem preço, mas que ele oferece gratuitamente.
Ler: Isaías 55.1-5
“O evangelho de Deus é um convite, gratuito, na verdade o maior convite que qualquer pessoa jamais poderia receber” – John Stott.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Justiça de Deus!

“O dia do Senhor está próximo para todas as nações. Como você fez, assim lhe será feito. A maldade que você praticou recairá sobre você”. (Ob 15)
Muitos fatos, como injustiça e brigas, nos entristecem. Quantas vezes sofremos maldades até de pessoas chegadas, e perguntamos: onde está a justiça de Deus? Obadias leva a pensar no agir de Deus diante de injustiças e maldades cometidas por mal intencionados. O povo de Edom, descendente de Esaú; vizinho de Judá, agiu maldosamente contra seu irmão Judá quando este sofreu a invasão dos babilônios. Nesse episódio, ao invés de ajudarem Judá, uniram-se com os inimigos. Imagino que naquele momento Judá sofreu, perguntando-se por que o Senhor permitia que seus irmãos agissem de tal forma. Este fato repete-se na vida de muitos. Obadias, porém, mostra que Deus manifesta justiça ainda que nossos inimigos pareçam seguros nos seus “ninhos”.
Olhando a história, percebe-se que Deus manifesta sua justiça no seu tempo e não no nosso. Edom achava-se seguro nas suas próprias forças, morava em uma região cercada por montes e pensava que estes o protegeriam e que ali ninguém atacaria. No seu orgulho “elevou-se tão alto como as águias” e esqueceu-se do Senhor: que ele não esquece os seus e que não há montes que ele não possa derrubar para beneficiá-los.
O povo de Edom foi derrotado quando a justiça do Senhor se manifestou; sua maldade caiu “sobre eles”, conforme diz o versículo em destaque. A justiça de Deus veio com grandeza, como alívio para Judá, mas não para Edom. Estejamos cientes que Deus faz justiça, mas atentos para qual tipo de justiça nos será feita: em nossa defesa ou como julgamento? Que nossos atos possam ser em prol do bem do nosso irmão e em conformidade com os planos do Senhor.
Ler: Obadias1-21
Sim, Deus é fiel e faz justiça
em seu tempo e a seu modo!

Tempo de Colheita!

“O que o homem semear isso também colherá”. (Gl 6.7b)
Nossa vida e a vida de Davi são muito parecidas. Ao observar o cântico que lemos hoje, pode-se ter a impressão de que Davi só teve gloriosas vitórias, resultados de sua fidelidade constante a Deus. No entanto, as “colheitas”, o resultado de suas ações nem sempre foram assim, como outros relatos indicam. Seu adultério com Bate-Seba (2Sm 11) desencadeou uma série de problemas: o assassinato do marido dela; a morte do bebê que os amantes tiveram; um dos filhos de Davi estuprou a meia-irmã e depois foi morto pelo irmão dela; seu filho Absalão conspirou contra seu pai e até tomou o trono dele, para depois morrer tragicamente. Davi, porém, arrependeu-se de seus erros e o Senhor foi misericordioso com ele, permitindo que reinasse até sua morte. Mas as consequências daquilo que ele semeou em sua vida não deixaram de acontecer porque Davi foi perdoado.
O cântico de Davi é prova da graça e misericórdia do Senhor, que perdoou e restaurou seu servo, dando-lhe a honra de fazer parte da genealogia de Cristo. O rei Davi é um dos principais antepassados de Jesus – o Messias aguardado por Israel para sua salvação e também para reinar no trono de Davi, tanto que foi chamado “Filho de Davi”.
As grandes vitórias de Davi não cancelaram os resultados do seu desleixo. O apóstolo Paulo deixou claro que ninguém deve esperar colher algo diferente do que foi plantado (veja o versículo em destaque). Não há como evitar os efeitos maléficos de nossas más atitudes, mas ao mesmo tempo podemos louvar a Deus pelas vitórias e também por sua infinita disposição em perdoar. Lembre-se que, assim como Deus escolheu um pecador dependente da graça divina para reinar sobre seu povo e ser antepassado de Cristo, hoje escolhe pecadores restaurados para glorificá-lo e transmitir a mensagem da salvação em Jesus – nós! O que você  está semeando?
Ler: 2 Samuel 22.1-4; 18-25
Que tipo de colheita você espera
com o que está semeando hoje?